O dia nem tinha amanhecido, no dia anterior uma chuvinha veio pra refrescar os 36º de BH, meu Deus um forno.
Mas pra boa pedaladora um pingo é letra e escrevemos mais um livro com esse pingo e que história, a animação era contagiante, fomos rindo de BH a Ouro Preto.
Duranta o caminho, a paisagem ia se transformando, uma neblina densa deixava a estrada com clima aconchegante, Ouro Preto ia surgindo pelo caminho e fiquei imaginando como deve ter sido difícil para os tropeiros da época chegar ate la.
Vários relatos da época falam dos acidentes que muitos sofreram para o caminho até a bela Vila Rica, as dificuldades do período deram lugar a modernidade e ao asfalto, ainda preferiria que tivessem mantido pelo menos a estrada de chão.
Chegar em Ouro Preto sempre me emociona, é como se pudesse voltar ao tempo e eu não enjoo da cidade mesmo ja tendo ido tantas e tantas vezes, sempre saio de la com um olhar mais apurado.
Tomamos um bom café da manha e começamos a descer ladeira, as igrejinhas, os becos, as flores na janela que delícia esse clima interiorano ainda mais com tantos séculos de história entranhados por todos os cantos.
Tiramos muitas fotos, afinal quem vai a Ouro Preto e não tira fotos não foi ne?Mas dessa vez eu quis ter um olhar diferente sobre a cidade, quis fazer uma junção de beleza feminina e os seculos de história e decidi fazer uma sessão de fotos com as meninas do pedal.
Foi gostoso trabalhar a auto estima de cada uma, foi gostoso ver uma a uma se soltando, se sentindo, entrando em contato com a paisagem de Ouro Preto e o resultado foi maravilhoso.A fotografia revela muita coisa, mas revela principalmente a beleza da alma e precisa saber captar, como estávamos em plena sintonia eu consegui pegar muito mais que beleza, eu consegui perceber um processo de libertação extrema das minhas meninas.
Foi especial ver a Jac se misturando com a arquitetura de Ouro Preto, minha "pérola negra" arrasou nas fotos que ficaram lindíssimas.
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| Jacqueline |
Também foi lindo de se ver a Pat se curtindo, se gostando através das fotos se misturando com as flores que ia brotando das paredes, das pedras, foi o casamento mais que perfeito.
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| Patricia |
A Marcelle se soltou, se misturou a brisa que soprava de norte a sul trazendo os tantos cheiro dos picos existentes em Ouro Preto e tanta foto linda foi surgindo que me surpreendi.
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| Marcelle |
A Marcinha me encantou, foi como se o espirito dela estivesse livre, voando, sentindo tudo, o universo em expansão em cada um dos seus poros, foi muito bom ver cada uma se livrando de seus fantasmas pessoais, de seus medos, vergonhas receios.
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| Márcia |
Almoçamos no Passo, um restaurante super aconchegante ao lado da Casa dos Contos,maravilhoso, a Marcelle gentilmente no presenteou com uma bela garrafa de Champagne muito adequado ao momento, um brinde a amizade, um brinde ao poder transformador da bicicleta na vida de cada uma.
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| Restaurante O Passo |
No final do dia estávamos todas exaustas, nos despedimos de Ouro Preto na certeza de ter sido um dia inesquecível pra cada uma de nós, fiquei olhando pela janela a bela cadeia de montanhas que iamos deixando pra tras, foi inevitável não notar alguns pontos de degradação das mineradoras o que sempre me revolta.
Fechamos o dia com chave de ouro, fechamos e iniciamos mais um ciclo, um ciclo de força, foco e fé nos projetos com a bicicleta, que venha 2014, que venham treinos que nos levaram mais longe rumo não a competição com o outro, mas rumo a superação pessoal, a vitoria do corpo e da alma.A vitória com nosso maior e mais perigoso adversário, nós mesmos, pois somos nós e apenas nós que ditamos nosso sucesso ou nosso fracasso total.Acho que a primeira opção é mais interessante.Que venha então o sucesso pra todas nós!
Valeu
