quarta-feira, 3 de abril de 2013

TRAVESSIA LAPINHA X TABULEIRO


Eu sempre quis fazer a travessia da Lapinha, ficava encantada com as fotos dos  meus amigos que fizeram era meio que um sonho.

A princípio quis fazer o trajeto de bike, mas meu irmão logo me convenceu do contrário pelas dificuldades que eu encontraria, porém na Lapinha descobri que existe uma trilha específica para o ciclo turista e com certeza em breve pretendemos fazê-lo.

Pois então nossa aventura começou no dia 28 de março antes do feriado, digo nossa por que eu e o Kico planejamos essa viagem  com muito carinho e expectativa.

O Kico chegou  aqui em BH na quarta a noite já era bem tarde, organizamos as mochilas no mesmo dia o que nos facilitou bastante a correria do dia seguinte por que acordamos um pouquinho atrasados.

A linha que faz BH /Santana do Riacho é a Saritur o valor da passagem R$ 32,20* e os horários são esses:


Saída
Prev. Chegada
Frequência
BH-Santana do Riacho
07:30
11:00
Todos os dias
BH-Santana do Riacho
15:30
18:30
Todos os dias
Santana do Riacho-BH
06:00
09:20
Seg. à sexta
Santana do Riacho-BH
14:00
17:55
Seg. à sexta
Santana do Riacho-BH
05:45
09:20
Sábado
Santana do Riacho-BH
14:30
18:25
Sábado
Santana do Riacho-BH
08:00
11:20
Domingo
Santana do Riacho-BH
17:00
20:55
Domingo
Santana do Riacho-Lapinha
18:45
19:15
Sexta
Santana do Riacho-Lapinha
13:45
14:15
Domingos
Lapinha-Santana do Riacho
14:30
15:00
Domingos
Lapinha-Santana do Riacho
19:30
20:00
Sextas
 *Ônibus diário da Saritur (0xx 31 3272-8525 - www.saritur.com.br) para Santana do Riacho. Esse valor foi dessa data que fomos 28/03/2013 é bom dar uma ligada antes pra ver se o preço continua o mesmo.

Deu tudo certo pegamos o ônibus na hora certa e ainda deu tempo pra tomar um café antes do embarque.Nós pegamos o ônibus das 07:30 e  chegamos dentro do previsto.

No caminho para Santana do Riacho fui admirando a mudança de paisagem que vai acontecendo como mágica, do asfalto e fumaça vão surgindo as lindas formações rochosas e a vegetação típica da região da Serra do Cipó.

Quando chegamos a Santana do Riacho paramos pra comprar algumas coisas que ficaram faltando e ficamos esperando  o ônibus da prefeitura que leva os moradores, turistas e aventureiros  ate o vilarejo da Lapinha.

Me senti naqueles ônibus da Colômbia so faltou porco e galinha mas foi super engraçado e gostoso ver todo mundo interagindo e curtindo aquele momento.

No caminho de Santana do Riacho até a Lapinha a paisagem vai se transformando e a mágica acontece, paredões e mais paredões se erguem de todos os cantos, arvores de todas as formas e cores, flores dos mais variados tipos.

Um caminho lindo cheio de formas delicadas que nos enchem os olhos e o coração de saber que mesmo tão frágil esse  bioma sobrevive e se reinventa, tudo se interage num biótopo perfeito e sincronizado.

Se dentro do ônibus já estava encantada com as paisagens, fiquei imaginando o que nos aguardava e a expectativa aumentou  ainda mais.

Quando chegamos no pequeno vilarejo da lapinha me deparei com um lugar encantador e bucólico, o camping que ficamos simplesmente lindo e muito bem estruturado além do atendimento do restaurante ser nota mil.Camping das Bromélias bem estruturado e barato também R$ 22,00 com cafe da manha.









Montamos nosso acampamento e já fizemos amizade fiquei bem impressionada com a facilidade que o Kico tem de se interagir com tudo, pessoas, ambiente, montagem e organização das coisas.O que achei ótimo por que eu sou bem assim também..rsrsrss.Aprendi muita coisa com ele nessa viagem o que vai me servir com certeza pro resto da vida.

O Kico baixou o caminho da travessia pela internet e lançou no GPS, claro buscou informação pra saber se era seguro antes e fez pesquisa prévia o que é bem importante.
No dia que chegamos fomos logo conhecer uma cachoeira que tem bem pertinho do vilarejo da Lapinha lindíssima por sinal, o Kico matou a saudade dando um Jump  la do alto, parecíamos crianças em meio a tanta coisa linda sem saber pra onde olhar descobrindo cada cantinho.

A trilha dessa travessia é muito confusa, pois não é uma trilha convencional que estamos acostumados a encontrar e sim  caminhos que foram marcados no terreno pelo gado dessa região e pelos moradores do local quando se locomovem de um ponto para o outro, e por isso tem caminho para tudo que é direção.

Nossa nova amiga do acampamento acabou desistindo de nos acompanhar, a principio ficamos pesarosos mas la na frente vimos que foi a decisão mais acertada que ela tomou.
Iniciamos então nossa jornada de 3 dias, mal sabíamos as aventuras, encontros e emoções que nos encontrariam pelo caminho.

Acordamos cedo, a noite ventou muito o que nos proporcionou um dia mais claro pela manha, por que pegamos muita chuva e conseqüentemente neblina e mais neblina, o vento da noite ajudou a dissipar algumas nuvens que encobriam as belezas escondidas.

Tomamos um café reforçado e partimos, a primeira parte da travessia é como todos os  blogs e sites que pesquisei disseram bem puxada mesmo.Muita subida e tem que ter um mínimo de preparo físico e também mental conseqüentemente.O trabalho de respiração e concentração tem que ser constante um erro e acabou o passeio de todo mundo.




Já no inicio da subida eu e Kico nos deparamos com um belo espetáculo da natureza, um paredão gigantesco e pequenos riachos de água cristalina, sentamos e ficamos extasiados com tamanha beleza, ao fundo parecido com uma pintura, uma cachoeira belíssima.O único barulho que escutávamos era o barulho do vento que vinha “adoçando” e curando nossos ouvidos “poluídos” de cidade grande.

Na primeira subida pela encosta, literalmente um jardim de Pepalantus ou como é popularmente conhecida “Sempre Viva”, de vários tamanhos e formas o Kico tirou uma foto abraçando um e  eu tirei uma foto belíssima com o lago da lapinha ao fundo.
A paisagem ia se transformando e ficando mais difícil a cada km percorrido o que apesar do desgaste nos fascinava, tínhamos que observar o caminho, o GPS e todos os detalhes ao nosso redor.




Por várias vezes ficamos em silêncio durante o passeio, eu  olhava o tamanho descomunal dos paredões que iam se erguendo km por km, paisagem por paisagem.

Chegamos num abrigo que tinha no caminho, uma casinha linda, bem rústica emoldurada no meio do vale, um grupo  que já estava la conversavam, comiam e descansavam para continuar a subida.Eu e Kico colocamos as mochilas no chão e fomos fazer nosso lanche e claro dar uma pausa pra contemplação inerentes do lugar.





Já recompostos continuamos nossa subida, o Kico escolheu o caminho do Pico do Breu(mais pra frente explico o por que do nome) que apesar de mais difícil com certeza é o mais bonito, aliás na Lapinha não tem como nada ser feio.

Enquanto subíamos, distraidamente eu segurei num galho infestado de marimbondos, ai pessoal foi um Deus nos acuda danado eu gritava: “Ai ta doendo, ta doendo “ e o Kico me empurrava e gritava do outro: “Vai, vai, vai é marimbondo”, ate eu me dar conta que foi um ataque e dos violentos, demorou um pouquinho, eu achei que era espinho(kkkkk) ate olhar pro meu tornozelo que ficou literalmente preto de marimbondos, nunca subi um morro tão rápido na minha vida.

Quando finalmente chegamos num lugar mais seguro que fomos ver o estrago, fazia muito tempo que não tomava tanta ferroada desses bichinhos, que eu contei foram 8 ferrões, perna, mão,bunda, braço o Kico tomou nas pernas e no rosto coitado ficou bem inchado.
Devidamente cuidados (passamos uma pomadinha própria pra isso) continuamos nossa  trilha durante um bom trecho senti muita dor das picadas, o capim passava pelas pernas e eu sentia fincadas terríveis.O Kico não viu, mas eu chorei por duas vezes de dor, faz parte da aventura(risos).

Erramos um pouquinho a trilha o que não deixou de ser bom também, por que pudemos ver a Lapinha de um ângulo bem bacana, deixamos as mochilas e subimos.Dava pra ver tudo mesmo com o tempo nos favorecendo pouco e a densa neblina que cobria quase tudo.Esse momento foi um dos momentos especiais pra mim.





Decidimos então descer e continuar pelo caminho certo  que o GPS indicava, e enquanto descíamos, encontramos um grupo de oito pessoas descansando,  interagimos com a galera e em conversa vimos que eles iam fazer a travessia também.Convidamos a galera a ir conosco e nos tornamos dez , não dez pessoas mas dez companheiros e amigos de viagem.




O Kico foi nosso guia, impressionante a confiança que todos tivemos na sua sabedoria de professor e aluno da estrada, eu fiquei muito orgulhosa do meu lindo vendo o profissionalismo e a seriedade com que ele foi nos guiando.Sempre sério, calado e muito compenetrado, afinal de contas, antes éramos só nós dois, derrepente querendo ou não ele se tornou o responsável por dez vidas incluindo a dele claro.




E fomos todos, fiz amizade com todo mundo, brincava com todos, ríamos muito, batizei com apelido um dos integrantes do grupo que acabou se tornando  Sol e  melhor de tudo é que pegou..rsrsrssr.O Wegis(Sol) colocou uma lona amarela enorme amarrada na mochila dele e so se via o ponto amarelo no meio do vale de Pedras parecida realmente um sol..kkkk.

Enquanto íamos interagindo pra quebrar aquele clima de “nossa não conhecemos esses dois doidos que encontramos no meio do nada”, a paisagem novamente ia se modificando e paramos todos no meio de um Jardim de pequenos arbustos de flores rosas e muitas espécies endêmicas de orquídeas.




Tivemos ali em meio a tanta beleza cada qual o seu momento, cada qual no seu silêncio o olhar do Kico me acalmava sempre e me dava muita segurança.
Considerações feitas e fotos tiradas continuamos nossa subida, as mochilas já começavam a pesar, o caminho árduo mas o alivio vinha quando olhávamos ao redor e víamos nosso lindo e majestoso “quintal”.



Finalmente chegamos no topo do Pico do Breu totalmente encoberto pela neblina não conseguimos ver o que a mãe natureza havia reservado pra gente por traz das nuvens mas tínhamos a certeza que era majestoso.

Porém mesmo não conseguindo ver um palmo a nossa frente, encontramos mini florestas de musgos pelo chão formando paisagens surreais bem Jurassic Park mesmo (risos) que se misturavam com belas  bromélias que nasciam tímidas no meio das pedras.





Hora de continuar nossa longa caminhada até a primeira parada a casa da Dona Ana Benta um ícone da Lapinha, a interação entre todos ia so melhorando, percebi que o pessoal não tinha experiência em trajetos longos como esse, mas todo mundo se ajudava e cuidava e isso foi muito bonito de se ver, sendo assim até o ultimo dia .

Abrimos a primeira porteira (de infinitas que ainda íamos abrir, pois a travessia é feita cruzando muitas fazendas) e começamos a subir.Um labrador preto lindo nos encontrou pelo caminho e  foi literalmente nos guiando, depois fiquei sabendo que ele faz essa travessia direto até tabuleiro e volta.Então tivemos dois anjos da guarda o Kico e o labrador (rsrsrsr).

Depois de muito caminhar, de muito subir e a casa da Dona Ana Benta não chegava nunca(risos) quando eu olho pra frente nosso amigo labrador sentadinho no alto nos esperando e finalmente no meio do vale numa das paisagens mais lindas que meu coração e meus olhos já viram, surge a casinha da Dona Ana Benta, um alívio e uma emoção tomaram conta.




O Kico foi na frente claro ele  era o nosso guia, já conversou e agilizou tudo descarregamos as mochilas mortos e la estava ela, Dona Ana Benta, pequenininha, cabelinho branco e olhar desconfiado típico dos mineiros do interior.

O grupo que eu e Kico encontramos no abrigo no inicio da subida já havia chegado, montado acampamento e já estavam fazendo a comida, nós s ajeitamos nosso cantinho e começamos a  montar nossas barracas e fazer  nosso jantar.

Eu fui ajudando no que podia pra agilizar e o Kico claro na cozinha também (risos), todo foram tomando banho, pegando seu prato e se servindo.O cunhado da Dona Ana Benta o Sr Lucas  fez uma macarronada com carne, arroz e feijão que foi de degustar ajoelhada (daquelas de olhar pro céu e agradecer) e o Kico fez um caldo de inhame com a lingüiça calabresa que levamos simplesmente perfeito.






Já de barriga cheia chegou a hora do tão esperado banho em chuveiro de serpentina...lembrei  da minha avó na hora e da casinha dela,  pra minha infelicidade a água já estava fria a lenha já estava acabando no fogão e eu acabei ficando sem paciência de esperar e tomei banho frio mesmo....por sinal o banho mais frio que já tomei por que la fora a cerração vinha com tudo eu tomei banho e lavei cabeça batendo queixo...rsrsrsrr.....mas não perdi o bom humor.

O Kico e sua paciência ganharam, tomou banho quentinho e ainda dormiu abraçadinho comigo espertinho (risos).Acordamos no dia seguinte com uma chuvinha fina, tomamos nosso café, desmontamos nossas barracas e nos despedimos da Dona Ana Benta com uma linda foto pra registrar aquele momento e guardar pra sempre na lembrança.A simplicidade dessa gente humilde escondida nos paraísos naturais mineiros.




O Sr Lucas nos acompanhou até a porteira onde seguiríamos a trilha ate a segunda parada a casa da Dona Maria. Este segundo dia é realmente bonito e surpreendente. Paisagens distintas e de beleza ímpar atravessam nossas retinas. São riachos transparentes que correm sobre pedras brancas e que são emoldurados por vegetação típica do cerrado. São riachos de cor de cobre que lembram as águas do Parque Estadual do Ibitipoca, também em Minas Gerais. São sempre-vivas de tamanhos variados.

São sempre-vivas que secam, morrem, mas mesmo assim continuam belas. São flores miúdas, porém valentes que sobrevivem em terreno seco. São as mesmas flores que explodem em cores variadas, dando um matiz que Van Gogh gostaria de ter pintado, caso as tivesse captado.

São rochas de tamanhos variados e, em sua grande maioria, a 45 ° do solo, dando a impressão que alguém lá de cima, em uma brincadeira de garoto, as jogou e as fincou na terra. São cactos diversos. São arbustos secos. São arbustos vivos. São pequenas árvores, porém muito ajeitadinhas, pois parecem que estão sempre prontas para ir ao baile da natureza e um jardim imenso de lindas samambaias que lembrava muito o Congo porém o congo do espinhaço.

Floresta de Samambaias Congo Mineiro



O trecho agora já não é tão difícil pois é mais descida que subida chegamos a casa da Dona Maria e já estava lotado o camping também lotado eis que nosso anjo Kico sai no meio do mato e encontra um lugar maneiro pra gente montar nosso acampamento..kkkkk.
A chuva não dava trégua, tudo alagado mas montamos nossas barracas nesse lugar e fiquei feliz por conseguirmos mais um lar por mais um dia, o camping totalmente selvagem, sem banho , sem o conforto a qual todos estavam acostumados, todo mundo se adaptou super bem.

O Kico e os meninos conseguiram ate acender uma fogueira na chuva fina, acreditem se quiser a persistência com certeza nos leva a perfeição ou pelo menos ao inicio dela.Os meninos do outro grupo se deliciavam aquilo era novo pra eles, percebi que aquilo foi a coisa mais especial  que rolou pra eles.Uma volta ao tempo da pré História, os homens em seu habitat mais que natural.

Eu e o Junior ficamos responsáveis pelo jantar por que o resto estava deitado exausto dentro das barracas, fiz  um macarrão com o resto de tudo que tínhamos, cenoura, cebola e o tempero que o Kico ficou de entregar pro amigo dele que mora em Tabuleiro a pedido do pai que mora na Lapinha, sim é o sedex 10 da selva e chegou são e salvo(risos), so o Kico mesmo.

Jantar pronto, acampamento montado  hora de nos aquecer na fogueira dos meninos e foi uma farra, bebemos um pouco de conhaque e cachaça pra aquecer o peito, o frio estava cortando a pele, chegava doer o peito.Os pés imundos de lama e la estávamos  todos fazendo roda ao redor da fogueira num ritual muito doido criado por nós mesmos. A noite víamos varias luzinhas dos outros guerreiros que também faziam a travessia em seus acampamentos espalhados cada qual pra um lado das montanhas.

Essa pra mim foi a noite mais difícil não pelo fato de estarmos imundos, fedorentos e suados isso é o de menos, se vai pra esse tipo de coisa esteja certo que luxo e conforto não estarão presentes , mas devido ao frio,  foi a noite que mais sofri, so não passei mais frio  por que o Kico e meu isolante térmico conseguiram me esquentar(risos).Pra melhorar o saco de dormir do Kico e o lençol que eu tinha levado ficaram todos molhados por causa da chuva.

 Aqui, acho que é esse o cenário que leva o montanhista a aguentar tanto sufoco, tantas adversidades. Bom, eu gosto muito da sensação de estar sentada em uma pedra, sentir o vento gelado, estar aquecida por um casaco e ver o Sol dormir devagarzinho e acordar mais preguiçosa ainda, enfim sensações que me salvam, por alguns momentos, de um mundo enlouquecido e que me remetem para um dia-a-dia mais simples, sem tantas preocupações, explicações ou disputas. Devidamente aquecida pelo meu lindo , meu isolante e meu saco de dormir finalmente peguei no sono.

No ultimo dia eu e Kico fomos fazer o café da manha da galera juntamos tudo que tínhamos e fizemos  uma “bomba”(expressão que o Kico usou na hora) leite, capuccino, café solúvel, aveia, chocolate picadinho e semente de Chia além claro, das outras coisas que começaram a surgir biscoito, salaminho, maionese e por ai vai.

Todo mundo abastecido hora de encarar a reta final mas montanhas, mais paisagens lindas a Serra do Espinhaço nos abraçava por todos os cantos, desfiladeiros, precipícios  tudo agregado ao nosso novo quintal.A trilha começou a ficar mais familiar e percebi que estávamos chegando ao nosso destino a cachoeira do Tabuleiro, tomei literalmente a frente, eu já sabia a trilha, já conhecia bem o caminho, foi como chegar em casa mesmo.

Quando olhamos logo ali na frente, la estava ela, linda monumental o volume de água incrível conseqüência das chuvas dos últimos dias, ficamos todos admirando nossa anfitriã nos observar e nos parabenizar. É uma sensação incrível e indescritível de paz absoluta visual para ficar na memória tal a colossal paisagem que se forma. Foto pra tudo o que é lado e depois cada um foi pro seu momento de introspecção e reflexão.




“Missão dada é missão cumprida” frase do nosso guia e com muito orgulho meu namorado Kico que ficou la sentadinho também no seu momento.
Foi emocionante chegar a portaria do parque e lembrar desses três fantásticos dias, claro que não consegui descrever fielmente todo o trajeto, são muitos detalhes mas tudo que me marcou esta aqui registrado.





A nossa carona ate cipó veio e jantamos num restaurante muito bom e que tem um PF divino arroz, ovo, carne, saladinha, farofa para recuperar as calorias gastas e a constatação que foi um grande e inesquecível feriadão.

Amigos, eis uma travessia clássica, com uma navegação perfeita,tem que estar no “curriculum vitae” de qualquer montanhista que se preze. Quem não foi, vai correndo.
Obrigada a todo mundo por todo aprendizado, carinho e cooperação mutua...valeu cada momento, cada segundo!!
Que venha a próxima....



5 comentários:

  1. gostei de mais minha noiva esta pedalando comigo esta em fase de treinamento ainda pegando prepara físico mais vou indicar ela leticia tanara

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    1. Oi Giovanni que coisa boa vai treinando com ela devagarzinho que ela rapidinho ganha condicionamento, ai vai ser so alegria!!
      Abraços

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  2. Oi minha linda, só agora terminei de ler o post hehehe

    Ficou lindo demais o relato, mas do jeito q vc fala parece que eu sou um ninja do mato. rsrs

    Beijo grande e vamos fazer esse e outros caminhos mais e mais vezes!

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  3. Não é Ninja mas esta bem próximo viu lindo...rsrsrsr
    Pra todo mundo que não tinha experiência você deu aula sim!E foi chamado ate de anjo da Guarda kkkkkkk.Firulas a parte o trabalho foi de todos mas você ajudou muito.
    E com certeza faremos mais e mais caminhos por ai!
    Beijo

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  4. Nossa Leticia, adorei o seu post do blog!
    Muito bem escrito, deu pra perceber toda a energia que você descreveu em palavras. Fui lendo e imaginando as paisagens, o cenário, a beleza e os contrastes da natureza. Fantástico!! E fiquei numa saudade enorme de sentir essa coisa que só na natureza "brava" mesmo a gente sente.
    Parabéns pelo post e pela coragem!! beijo

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